Fortaleza antiga - memórias em cores

 

 

 

 

Projeto de Emilio Hinko, o edifício do Náutico ilustra um dos cartões-postais que podem ser conferidos na exposição, que traz, ao todo, 50 imagens coloridas do acervo de José Capelo Filho. A exposição "Cartões postais de Fortaleza", na Assembléia Legislativa, reúne um conjunto colorido com imagens da cidade contextualizadas, que vão do fim do século XIX até a primeira metade do século XX.

 

O passado de Fortaleza, do final do século XIX até a primeira metade do século XX, revisitado por meio de cartões-postais. A exposição, que reúne 50 imagens coloridas e contextualizadas, apresenta coleção do arquiteto José Capelo Filho, no hall da Assembléia Legislativa. A idéia, executada pelo Memorial, partiu de seu Presidente, Osmar Diógenes.

Segundo a curadora da mostra, a arquiteta Lidia Sarmiento, o conjunto reflete a época de ouro de Fortaleza. "São imagens quase todas do centro, num momento em que Fortaleza floresceu e estava mais organizada urbanisticamente".

De acordo com o historiador Humberto Pinheiro Filho, um dos responsáveis pela organização, o acervo traz imagens de diferentes ângulos da cidade, sob aspectos urbanísticos, de paisagem e das pessoas.

 

Coleção

 

O arquiteto José Capelo Filho, especialista em restauração, tem em seu acervo uma coleção de cerca de 22 mil imagens do Ceará antigo. "Não coleciono por prazer. As fotografias, muitas vezes, são a única fonte de informação que temos sobre edifícios antigos", argumenta.

 

A cor presente nos cartões, segundo ele, consiste numa técnica utilizada no período, conhecida como iluminação, em que a fotografia era pintada. "O mais importante, talvez, é que essa era a visão que o visitante tinha de Fortaleza, um olhar romântico".

 

Responsável por restaurações importantes na cidade, como do Mercado dos Pinhões, das fachadas da Santa Casa de Misericórdia e da antiga cadeia pública, hoje Emcetur, ele revela ainda que tem cerca de cinco mil fotografias do acervo de Mister Hull, entre as quais, de estações ferroviárias do Ceará. "Através da Secult, devemos lançar um livro este ano, com as imagens", antecipa.

 

Fonte – DN

 

 





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