O Vale Tudo no Brasil e sua historia

 

 

 

O Vale-Tudo existe no Brasil há mais de 30 anos e nasceu dos desafios do Jiu-Jitsu, popularizado por Helio Grace, 85 anos, no Rio de Janeiro. Gracie aprendeu o Jiu_Jitsu em 1928 com o introdutor da modalidade no país, um conde japonês chamado Koma. De complexão franzina, Gracie foi atraído pela luta ao descobrir que poderia vencer pessoas bem mais fortes do que ele, com os golpes do Jiu-Jitsu. Foi a partir desta constatação que eu resolvi criar um Jiu-Jitsu brasileiro, dando ênfase à parte técnica, com golpes alavancados, como a chave-de-braço, onde a força é o que menos conta, afirma Gracie, que hoje vive mais nos Estados Unidos, onde foi contatado por este jornal, do que no Brasil.

 

Ciente da superioridade do Jiu-Jitsu sobre outras lutas, Gracie criou torneios de desafios, chamados de Vale-Tudo, dos quais participavam judocas, capoeiristas e boxeadores, cada um procurando impor a sua modalidade. Depois de um período de obscuridade, o Vale-Tudo voltou a popularizar-se quando o filho de Gracie, Rorion, que vive em Los Angeles, assim como seus irmãos Relson, Rickson e Royce, todos campeões de Jiu-Jitsu, criaram o Ultimate Fighting, como é conhecido o torneio de Vale-Tudo nos Estados Unidos. Nele, o Jiu-Jitsu brasileiro dos Gracies tornou-se uma luta quase invencível. Os vídeos dos torneios norte-americanos foram vendidos em todo o mundo, inclusive no Brasil, motivando o aparecimento de milhares de academias da modalidade e renovando a popularidade do Vale-Tudo. O Vale-Tudo é o que é graças ao Jiu-Jitsu brasileiro, avalia Gracie, que hoje dirige, com os filhos três academias de Jiu-Jitsu: uma no Rio de Janeiro, e as outras duas em Los Angeles e no Havaí".

 

Vale-Tudo é uma modalidade de disputa, que no início tinha mais o intuito de mostrar qual é o melhor estilo de luta, do que começar uma nova luta. Hoje em dia o vale-tudo está em alta, além de atrair o público jovem, movimenta muito dinheiro que muitas vezes é o mais interessante para os lutadores.

 

Muitas pessoas acham que o vale-tudo é um esporte violento e estúpido, mas não, é apenas um esporte agressivo, onde dois lutadores travam uma sangrenta batalha para ver quem é o melhor.

 

Existe atualmente vários campeonatos de vale-tudo onde o mais popular é o UFC

 

Na maioria dos vale-tudo as regras de combate são mínimas como por exemplo, não pode puxar o cabelo, morder ou enfiar o dedo nos olhos, o resto vale-tudo, apesar de alguns capeonatos hoje não aceitarem cabeçadas e nem chutar o adversário quando ele está no chão. O tempo de luta e a maneira como o juiz comanda o combate muda de campeonato para campeonato.

 

Qual a diferença entre vale-tudo, Ultimate Fighting e Pride?

 

Vale-tudo é um esporte de combate em que, como o próprio nome entrega, a pancadaria corre solta. No vale-tudo, qualquer modalidade de luta é aceita, da capoeira ao jiu-jítsu, passando pelo boxe, caratê, kickboxing, muay thai, luta livre e outras artes marciais. Já Ultimate Fighting (na verdade, Ultimate Fighting Championship ou UFC) e Pride são os dois maiores campeonatos mundiais desse tipo de esporte. As principais diferenças entre eles a gente detona no quadro da página ao lado - para montar esse tabelão, contamos com os golpes certeiros dos brothers da revista Tatame, especializada em vale-tudo. Pelo menos nas regras da disputa, Pride e UFC se equivalem: seus participantes estão liberados para socar, chutar e agarrar o adversário.

 

Mas o UFC era beeem mais animalesco: nas primeiras edições, os lutadores não eram separados por peso e não havia limite de tempo para a luta - o combate só terminava com um nocaute ou se um dos lutadores desistisse. Hoje, a coisa é um pouco mais organizada: os lutadores usam luvas, são examinados por médicos para avaliar suas condições nos intervalos entre os rounds e foram criadas categorias de pesos. E tanto o UFC quanto o Pride proíbem os golpes mais cruéis.

 

A história do vale-tudo começa na década de 1940, adivinha onde? No Brasil! No Rio de Janeiro, os irmãos Hélio e Carlos Gracie percorriam as academias desafiando lutadores de qualquer modalidade para provar que o jiu-jítsu era a mais eficiente das artes marciais.

 

Esses desafios ficaram conhecidos como "vale-tudo" - daí vem o nome popular do esporte. Com a profissionalização, ele ganhou um nome internacional mais ameno: mixed martial arts ou MMA (algo como "mistura das artes marciais"). No final dos anos 1980, o filho mais velho de Hélio, Rorion Grace, mudou para os Estados Unidos. Junto com executivos de televisão, ele criou o UFC, torneio que abriu os olhos do mundo para o vale-tudo.

 

O UFC carregou o cinturão de principal campeonato do esporte até 1997, quando um grupo de empresários japoneses organizou a primeira edição do Pride. Hoje, os dois torneios lutam pau a pau pela preferência dos fãs, mas o Pride está um soco à frente, concentrando os melhores lutadores. Na terra dos samurais, cada combatente leva até 500 mil dólares por uma única luta, enquanto o UFC paga "só" 200 mil.

 

  



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