A crítica se torna mesquinha, quando diante de fatos inexplicáveis!

 

 

 

Lembro-me de quando enfrentei, lá pelos anos idos da década de 60, pela primeira vez, o concurso para escriturário do Banco do Brasil, tomado pela minha própria euforia e pela minha certeza de lograr a tão almejada classificação.

 

Durante alguns meses que antecederam a data da realização das provas, foram madrugadas de sonos perdidos, com estudos em afogadilhos, quase sempre, puxados ao café quente ou aos pés na bacia de água fria, para driblar o sono noturnal.

 

Naquela época, eu trabalhava na FACIC-Federação das Associações do Comércio e da Indústria do Ceará, ou, precisamente, na secretaria da Sede da União das Classes Produtoras do Estado do Ceará, situada no 2º andar do Edifício Palácio do Comércio, defronte à própria Agência Centro do Banco do Brasil.

 

As noites me eram reservadas para minhas obrigações colegiais, quando cursava o 1º Científico, no Colégio João Pontes, integrado à CNEG - Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, do qual tive o orgulho de ser um de seus fundadores, como integrante do corpo discente, procedente do Colégio Estadual do Ceará-Liceu.

 

O sacrifício a que me expus, dado ao pouquíssimo tempo que me sobrava para o repouso necessário, era-me recompensado pelo enriquecimento do meu melhor aprendizado, respeitante às matérias exigidas para aquele concurso; e eu, sem falsa modéstia, me encontrava plenamente apto para desenvolver excelentes provas.

 

Passado o concurso, alguns meses depois, veio-me a confirmação do meu fracasso, não logrei minha aprovação; tampouco minhas provas obtiveram as notas, por mim, esperadas. Jamais, eu poderei esquecer-me daquela mangoça sofrida por conta dos meus colegas de trabalho, os quais me chamavam de bancário.

 

Eu me pergunto, até hoje, o que teria acontecido comigo, no instante das realizações das provas daquele concurso; até porque, logo que tive em minhas mãos o gabarito, constatei a possibilidade de que eu poderia ter sido, então, aprovado, não fora o "apagão" que se manifestou momentaneamente, sobre mim.

 

O que, ora, aconteceu com a seleção "Canarinho de Ouro" do Brasil foi semelhante a estes meus "enfadonhos" argumentos, se não, vejamos:

 

1 - Houve um trabalho sério, honesto e meticuloso da parte de Felipão, Parreira e de toda a comissão técnica, além dos 23 atletas que foram convocados, os quais são considerados ídolos, em seus clubes de origem;

 

2  -  A seleção "Canarinho de Ouro" do Brasil não foi tão melhor ou pior que as demais; nesta Copa-2014 houve um certo equilíbrio entre elas, e, com mais acertos que desacertos, chegamos às semifinais, com justiça;

 

3 - A derrota diante da seleção germânica, deva-se ao "apagão" que se generalizou entre todos os jogadores brasileiros; torna-se ululante dizer que nenhum deles desaprendeu, de repente, a jogar.

 

"ALEMANHA 7x1 BRASIL", o inexplicável aconteceu para nós, brasileiros; também, poderia ter acontecido para eles, germânicos. Quem apostaria nos 5x1 da modesta Holanda, sobre a poderosa Espanha?

 

BAIXEM SUAS CRINAS, SENHORES RADICAIS DA MÍDIA ESPORTIVA BRASILEIRA; POUPEM NOSSOS PATRÍCIOS QUE HONRAM A NOSSA SELEÇÃO "CANARINHO DE OURO" DO BRASIL!

 

 

Pedro Mallmann/CAMILINHO

www.pellmann-blogdocamilinho.blogspot.com

 



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