Parque Temático Mundo a Vapor em Gramado - RS

 

 

 

Como tudo começou 

 

O impacto dramático causado pela perfeita reconstituição do famoso acidente ferroviário acontecido em Paris, em 1895, quando uma locomotiva cruzou desgovernada e em alta velocidade a estação de Montparnasse, atravessou uma parede e ficou pendurada a 12 metros de altura, é apenas o início das surpresas que aguardam o visitante do Parque Temático Mundo a Vapor, localizado na rodovia Canela-Gramado. Lá dentro, um mundo fantástico, com atrações que não existem em qualquer outro lugar do planeta, impressionará seus visitantes.

 

A história do Mundo a Vapor faz parte da história de Canela

 

Em 1924 a Estrada de Ferro atinge Canela, dentro das previsões do Cel. Corrêa, e o local começou, então, paulatinamente, a se tornar uma cidade de veraneio, recomendada por médicos de todo o Estado. Passar as férias em Canela era uma forma de status para os porto-alegrenses. A região possuía cerca de 35 serrarias. As serrarias eram movidas através de grandes máquinas, chamadas locomóveis, que usavam o princípio da força motriz gerada através do vapor. Já nesta época Ernesto Urbani, o Patriarca do Mundo a Vapor, dava toda a assistência e consertava as locomóveis destas serrarias, além de fazer manutenção em outros tipos de máquinas e ferramentas. Os filhos de Ernesto Urbani (Omar, Benito e Hermes), criados dentro das oficinas do pai e apaixonados pelas máquinas a vapor, passaram a criar, artesanalmente, réplicas, imitando o processo industrial completo. A olaria, serraria, pedreira, siderúrgica, fábrica de papel, etc., eram máquinas com proporções exatas, detalhes perfeitos e apresentando todos os movimentos, com funcionamento mecânico completo, tal como as máquinas de tamanho original. Esses equipamentos, inéditos, conseguem replicar o processo de industrialização do mundo moderno, mas utilizando a força que provocou uma das maiores mudanças da história da Humanidade, através da Revolução Industrial – O VAPOR!

 

Estava nascendo aí o Parque Temático Mundo a Vapor!

 

 

 

Em 1950, Omar Urbani (filho mais velho do casal Urbani), com 16 anos de idade, faz a primeira destas miniaturas, com sobras de material, e fora do seu horário de trabalho, que já exercia com o pai, na oficina. “Aprendemos olhando fazer”, diz Benito Urbani, hoje proprietário do Mundo a Vapor. Consertando, junto com o pai, as enormes locomoveis, algumas com até mais de 10 toneladas, ele e o irmão Omar criaram as miniaturas vivas. É assim que surge uma nova cultura, uma obra de arte, que hoje é orgulho da região! Meu pai foi um homem que passou suas vivências todas e viveu seu ideal de vida. Profissionalizou os filhos e deixou o perfil dos Urbani na marca de qualidade que hoje representa o Mundo a Vapor”.(Benito Urbani, diretor do Mundo a Vapor). O Mundo a Vapor foi uma idéia pioneira, com a temática das máquinas a vapor e suas aplicações desde a Revolução Industrial. Mas nasceu dentro de uma oficina mecânica familiar que ainda hoje é motivo de orgulho desta mesma família e de Canela. Uma oficina e seus artesãos do metal. Os mesmos dons artesanais herdados dos antepassados que ficaram na Itália. Durante a juventude, os irmãos Benito e Omar Urbani, trabalhavam com o pai em uma oficina mecânica. A curiosidade de ver como todas aquelas peças juntas trabalhavam, fez com que a paixão pelas miniaturas despertasse. Hoje, passam todo o tempo pensando e construindo artesanalmente, peça por peça, as miniaturas. É a arte com paixão, herdada do pai Ernesto Urbani e do avô Giuseppe Urbani de Vicenza. São artistas de mecânica, colocando ao nosso convívio toda sua criatividade. O mais impressionante, é que essas miniaturas são produzidas a partir de fotos, visitas a fábricas e alguns rabiscos com giz numa das paredes de sua oficina. (créditos Marília Daros)

 

Fábrica de Erva Mate

 

 

 

1930 - CANELA Um sistema de seis pilões movidos por uma roda d’água serve para moer folhas e talos da erva-mate (Ilex Paraguaiensis), bebida típica do Rio Grande do Sul. Aproveitando a força de tração da roda d’água um gerador também é movido para gerar energia. A produção inicia na colheita e seleção das folhas, logo depois passam por um processo de desidratação que pode ser pelo sapeco, que consiste em expor as folhas próximas a um braseiro, ou pela estufa, onde recebem calor do sol. As folhas vão para o cocho, local onde pilões de forma ordenada vão moer estas folhas desidratadas até chegar ao ponto certo para fazer o chimarrão.

 

Fábrica de Papel

 

 

 

Ano: 1939 País: Brasil Máquina a Vapor: Potência 90 CV Caldeira: 6 ATM alimentada com lenha e água Nesta fantástica réplica é demonstrada a produção do papel em um processo que inicia com a lenha sendo queimada na caldeira para gerar o vapor que irá movimentar a fábrica. A produção do papel inicia com a madeira sendo moída com água, processo que origina a pasta base para o papel. Logo após esta pasta passa para o tanque de massa onde é adicionada água, corante e papel reciclado moído e, após, bombeada para a tela de formação com três fases de produção: na primeira o sistema de vácuo elimina 50% da água contida na folha; na segunda o papel é prensado entre 8 cilindros definindo a sua espessura e, na terceira fase, há a secagem em 10 cilindros aquecidos a 120°C com o vapor gerado na caldeira. O papel sai pronto, recebe o carimbo e o recorte, transformado-se, assim, em um souvenir da menor fábrica de papel do mundo. Esta réplica produz 20 metros de papel por hora com largura de 4cm.

 

Ferraria

 

 

 

Ano: 1924 País: Alemanha Máquina a Vapor: 10 ATM Potência: 18 HP Nesta réplica pode se observar a utilização de uma máquina a vapor dentro da ferraria. A máquina a vapor ligada a um sistema de transmissão consegue movimentar a serra para o corte do ferro, a ventoinha para soprar o carvão da forja e mantê-lo aquecido, o martelete (espécie de martelo automático que ajuda o ferreiro a malhar grandes peças de ferro) e por fim move também a máquina de afiar. Neste tempo o trabalho do ferreiro era essencial porque este fazia a manutenção e a produção de diversas ferramentas.

 

Força Animal

 

 

 

Ano: 1890 País: Brasil Demonstração da utilização da força animal para movimentar uma moenda de cana de açúcar, onde cavalos, mulas ou bois ficavam troteando em círculos para acionar as moendas onde era produzido o caldo de cana. Neste período em fazendas com plantio de cana de açúcar era comum ver esta técnica substituindo o trabalho de muitos escravos. Através do caldo extraído da cana produzia-se aguardente (cachaça), melado, açúcar mascavo (amarelo) e açúcar branco que era exportado para a Europa.

 

Força Humana

 

 

 

Ano: 1800 País: Brasil Réplica de uma barcaça de secagem, sistema utilizado para secar grãos de café e cacau. Na barcaça o trabalho é feito totalmente através da força humana onde as pessoas passavam cerca de sete a dez dias movimentando os grãos ao sol para fazer uma secagem uniforme. O telhado da barcaça era construído sobre uma estrutura que deslizava sobre roldanas. Assim, através de uma manivela, o telhado era aberto no período do dia para os grãos receberem o calor do sol e, ao final do dia ou no período de chuva, era facilmente recolhido, abrigando toda a produção da umidade.

 

Moinho de Pedra

 

 

 

Ano: 1925 Local: Canela-RS Herança deixada pelos colonizadores italianos no Rio Grande do Sul, o moinho de pedra produzia toda a farinha de milho utilizada pelas famílias. Consistia em um sistema com duas pedras, chamadas de “Mós”, onde com a fricção entre elas o milho era completamente moído. Uma das pedras era ligada por engrenagens à uma roda d´água, força que a fazia girar. Após ser moído o milho passava por uma peneira, separando a farinha da quirela (milho que não foi completamente triturado).

 

Olaria

 

 

 

Ano: 1910 País: Inglaterra Máquina a Vapor: Potência 45 HP Tijolos e telhas que cabem na ponta de um dedo são produzidos nesta réplica – cerca de 300 diariamente. Esta olaria usa a máquina a vapor para mover a prensa e a maromba, suas duas máquinas de produção.

 

Pedreira

 

 

 

Ano: 2007 Ano: 1885 País: Inglaterra Máquina a Vapor: 30 HP Demonstração de um britador funcionando através da força da máquina a vapor. Nesta réplica também é demonstrado um processo de extração das rochas de forma manual onde pedreiros, utilizando ferramentas forjadas manualmente, faziam este trabalho.

 

Rolo Compressor

 

 

 

Ano: 1927 País: Alemanha Máquina a Vapor: Potência 35 HP Combustível: Água e Lenha Peso: 10 toneladas O rolo compressor era utilizado para fazer a compactação do solo, auxiliando na construção de estradas deixando a terra plana para receber a pavimentação. Na época ele foi uma grande ferramenta para a urbanização de novas cidades.

 

Serraria a Vapor

 

 

 

Ano: 1924 Máquina a Vapor: 10 ATM Local: Canela-RS Potência: 40 CV A serraria a vapor faz parte da chegada da colonização alemã na região que explorou o corte da araucária para produzir madeira de boa qualidade. Todos os processos de corte são movidos por apenas uma máquina a vapor. Na produção a araucária chega no formato de toras que, depois de selecionadas, passam pela serra de armação simples que retira as costaneiras. Em seguida passa para a serra destroncadeira que corta somente as pontas, seguindo para as serras de armação cheia onde seis serras a cortam transformando-as em tábuas ou pranchas. O último corte é o refilador, que limita a medida da largura das tábuas. Para finalizar o processo as tábuas são gradeadas a sombra por noventa dias para fazer a secagem, ficando pronta para ser utilizada.

 

Siderúrgica

 

 

 

O ferro é utilizado na construção civil dentro das vigas de concreto, a produção começa a partir da sucata, a sucata é cortada na tesoura e logo depois é levada para a correia transportadora, a correia transporta até o alto forno e com o calor produzido pelo fogo a sucata é derretida, para manusear o material no estado liquido é necessário usar o CADINHO. Com o cadinho é retirado o material liquido e colocado dentro do molde para formar o lingote ou palanquilha, agora o lingote vai passar dentro do trem de laminação, serão três fases em que a barra passa dentro da máquina depois de três fases de laminação fica pronto o ferro vergalhão.

 

Agora passamos para o conjunto a vapor neste caso a máquina a vapor é utilizada na produção de energia, o vapor é produzido dentro da caldeira, na fornalha queimam combustível, lenha ou carvão. Dessa forma o fogo aquece a água da caldeira e gera o vapor, este vapor passa na tubulação e entra no cilindro da máquina assim move o pistão, o pistão movimenta os volantes que através da correia movimenta o gerador, entrando em rotação este produz energia que acende as lâmpadas no poste e no painel. Esta é a réplica de uma siderúrgica da Alemanha do ano de 1940.

 

Trator a Vapor

 

 

 

Ano: 1927 Peso: 8,5 Toneladas País: Alemanha Potência: 35 HP Modelo de um trator a vapor usado na agricultura. O trator tinha como principal função fazer o arado da terra. Por onde passava arrastava um arado revirando o solo e logo em seguida uma grade, que retirava a grama, galhos e outros entulhos presentes na terra, deixando-a limpa e pronta para o plantio. O trator a vapor facilitou muito a vida do homem na lavoura, pois antes o trabalho era feito com ferramentas manuais ou através do usa da força animal.

 

Usina Eólica

 

 

 

Ano: 2007 Altura: 135m País: Brasil Peso: 2000 toneladas Potência instalada: 2 MW Réplica de um aerogerador que em proporções reais atua no Parque Eólico da cidade de Osório-RS. Um aerogerador deste modelo gera 2 MW de energia, potência que abastece cerca de 4.000 habitantes de uma cidade. A energia eólica corresponde a 1% da produção de energia do Brasil.

 

Usina Hidrelétrica

 

 

 

Ano: 1956 Potência: 44 MW Local: Canela-RS Usina hidrelétrica instalada na localidade de Canastra em Canela em 1956. Reprodução da barragem local onde a água forma um lago que escoa por um grande tubo chamado de conduto forçado, com forte inclinação. Através da gravidade a água ganhe uma alta pressão e entre na turbina produzindo assim o movimento rotacional, acionando o eixo gerador que produz a energia elétrica. Após, passa por um transformador e é distribuída pela rede para abastecer residências, comércio e indústrias, entre outras utilizações. A energia produzida por hidrelétricas corresponde a mais de 70% da produção de energia do Brasil.

 

Usina Termelétrica

 

 

 

Ano: 2006 Combustível: Carvão País: Brasil Máquina a Vapor: 3,5 MW Nesta réplica é possível entender como a energia elétrica é produzida através da força do vapor. O carvão que queima dentro da caldeira gera o vapor que impulsiona a turbina e move o gerador, produzindo assim a energia. Este modelo de usina demonstrado é utilizado hoje por empresas para se tornarem autosuficientes. A energia termelétrica corresponde a 28,19% da produção de energia do Brasil.

 

Passeio de Trenzinho

 

Na parte externa do parque, um passeio de trenzinho encanta adultos e crianças, com valor incluso no ingresso.

 

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