Igreja de Messejana é restaurada

 

 

 

Um dos mais antigos templos de Fortaleza, a edificação recebeu pinturas nas áreas externas e internas.

 

O trabalho executado na igreja-matriz envolveu estudos e testes para eleger as cores de tintas mais similares às utilizadas no início da edificação.

 

Em 2017, a Igreja Matriz de Messejana, símbolo do bairro e uma das mais antigas de Fortaleza, celebra 410 anos de sua construção. Marco para a região, cuja história passa pela fundação do templo religioso, a data foi homenageada com um grande trabalho de restauração do templo.

 

A partir da pintura das áreas interna e externa, a ação promoveu o resgate das origens do santuário e o entregou renovado à comunidade.

 

Para o padre Emílio César Porto, pároco da Igreja de Messejana, o trabalho de restauração ajudou a preservar a arquitetura centenária do templo e valorizar sua história. "A Igreja de Messejana é uma igreja muito antiga, por isso é muito importante não reformar, e sim restaurar para conservar seu valor histórico. Ela tem um altar muito bonito, um coro com madeiras originais e uma arquitetura que, em sua maior parte, é original. Esse trabalho foi fundamental porque ela é patrimônio não só dos fiéis católicos, mas da nossa cidade", frisou o religioso.

 

Segundo o historiador Adauto Leitão, que acompanhou a restauração, o santuário foi um dos primeiros construídos na Capital e teve papel central na fundação do bairro Messejana, liderada pelo padre Francisco Pinto, missionário jesuíta enviado ao Ceará para a catequese dos índios. Conhecedor dos dialetos indígenas, aproximou-se dos nativos e conquistou sua admiração. O ano de 2017 também marca os 410 anos da presença do sacerdote no Estado.

 

Beatificação

 

Em virtude de seus feitos, no ano passado foi aberto o processo de beatificação do padre Francisco Pinto. Para Leitão, a restauração da Igreja de Messejana deve contribuir para mostrar ao Vaticano que a memória do religioso ainda é forte entre a população.

 

"Esse trabalho de restauro, de pintura, de apresentar uma matriz viva e bem estruturada, é um facilitador para que o Vaticano veja que a presença dele é cuidada, que já é patrimônio histórico local", afirma o historiador.

 

Patrocinado pelo Grupo Edson Queiroz, pela Nacional Gás e pelas Tintas Hipercor, o trabalho durou cerca de 20 dias. A restauração incluiu a pintura do interior e do exterior da igreja, assim como a calçada ao redor e do piso à frente da edificação. Segundo Mariane Calixto, supervisora de Marketing da Hipercor, a ideia da parceria surgiu pela importância do templo para Messejana e seus moradores.

 

"Nossa visão foi a restauração e revitalização do aparato não só pela questão histórica, mas também pela relevância da Igreja para comunidade. Entendemos que a igreja tem um papel para os católicos e para a história da Messejana", diz.

 

Conforme Mariane, esta é a segunda reforma do templo realizada em parceria com a Hipercor. A primeira, em 2013, marcou o aniversário de 406 anos do santuário e envolveu pinturas na fachada e no interior, além da renovação do telhado.

 

O supervisor comercial da empresa, Fábio Figueiredo, destaca que, para o interior do espaço, foram selecionados, além do branco, dois tons de tinta: Verde Musgo e Verde Kiwi. A escolha pelas cores foi a tentativa de resgatar a pintura original da igreja, a qual fazia alusão à paisagem natural que cercava o lugar. Segundo ele, foram realizados estudos e testes para eleger as nuances mais similares às utilizadas no início da edificação.

 

Social

 

"Se analisarmos bem os tons que foram colocados dentro da igreja, percebemos que eles vêm dentro de uma história do passado. Lembram um pouco a comunidade indígena que habitava essa região no passado, os canaviais e as matas", detalha.

 

Figueiredo ressalta, ainda, que a restauração faz parte dos projetos de caráter social desenvolvidos pela Hipercor. "Para nós, é um prazer poder entregar um ambiente como esses restaurado e ver a comunidade tendo acesso à uma igreja bonita, reformada", acrescenta.



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