A evolução do turismo no Ceará

 

 

 

Empresários do litoral leste e oeste, da serra e do sertão cearenses estão despertando para a vocação das regiões para o turismo. Equipamentos e meios de hospedagem começaram a surgir, oferecendo o ambiente necessário para a interiorização do turismo. Com uma estrutura de serviços e lazer, muitos municípios estão recebendo visitantes do Ceará, do Brasil e de vários países.

 

O crescimento do turismo nas últimas duas décadas não se resumiu a Fortaleza. A atividade avançou pelo interior, atingindo serras e sertão. Parte desse avanço deve-se ao trabalho de divulgação da imprensa, do Governo do Estado e da iniciativa privada.

 

Como resultado dessa união pelo mesmo objetivo, o que se observa hoje são 972 estabelecimentos hoteleiros em todo o Estado, entre hotéis, pousadas, flats e albergues, sendo 218 em Fortaleza e 754 no interior. O número de unidades habitacionais (UHs) chega a 22.462, com 10.541 na capital e 11.921 no interior, totalizando quase 53 mil leitos, sendo cerca de 25 mil leitos na capital.

 

Dos estabelecimentos hoteleiros existentes hoje no Ceará, 66,9% foram criados a partir de 1996. Daquele ano até 2006, o número de UHs cresceu 53,01%. O avanço da oferta hoteleira no mesmo período atingiu 7,1% ao ano na capital e 13% no interior. Atualmente, a taxa de ocupação média gira em torno de 58 a 60%.

 

Os números são apresentados pelo gerente do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Secretaria do Turismo do Estado (Setur), Agostinho Teles, um expert em números do turismo e hotelaria no Estado. Segundo ele, o número de unidades habitacionais na capital se mantém estabilizado nos últimos quatro anos, com um crescimento de apenas 3% ao ano.

 

Para a coleta dos dados totais da hotelaria, a Setur monitora os números de 82 municípios cearenses considerados turísticos. Agostinho aponta outros números interessantes, como o tempo médio de quatro dias de permanência em Fortaleza e 2,5 dias no interior. A média de empregados no setor hoteleiro é de 22 pessoas por estabelecimento, formando a média de 13 mil empregados no setor, com alta de 20% no nível de emprego a cada período de alta temporada.

 

Dos diversos empreendimentos hoteleiros erguidos no interior a partir do desenvolvimento do turismo no Ceará, muitos deles permanecem em pleno funcionamento, tendo buscado adotar diferenciais para se manter ativos no mercado. Bons exemplos são o Serra Grande Hotel e a Pousada da Neblina, na Chapada da Ibiapaba; o Hotel Municipal de Itapipoca e a Casa de Repouso São José, em Quixadá.

 

No litoral, surgiram hotéis de grande, médio e pequeno porte, além de inúmeras pousadas. São exemplos de grandes empreendimentos, o Porto Canoa, em Canoa Quebrada; o Verdes Vales, em Juazeiro do Norte, e o Hotel Praia das Fontes, que, por arrendamento, virou Oásis Praia das Fontes. Como destaque em qualidade, surgiu o Boa Vista Resort, em Camocim.

 

Praias revelam um belo cenário

 

Com 573 quilômetros de litoral, o Ceará resguarda na beleza de suas praias, entrecortadas por dunas branquíssimas, vasto coqueiral e falésias coloridas, de brisa constante e águas mornas, o maior potencial turístico do Estado. A situação geoclimática, com nada menos do que 2.800 horas de sol por ano e temperatura média de 28 graus centígrados, reforça o atrativo. Somente em Fortaleza, são 30 quilômetros de praias.

 

A leste ou a oeste da capital, o cenário é paradisíaco, com destaque para as praias do Canto Verde, Morro Branco, Praia das Fontes e a mágica Canoa Quebrada, no litoral leste; e Cumbuco, Lagoinha, Mundaú e Jericoacoara, no litoral oeste.

 

Dependendo da direção escolhida, o visitante curte praias largas ou estreitadas por falésias em paredão, foz de rios, fontes de água doce que deságuam à beira-mar, labirintos de falésias, coqueiral verdejante e jangadas e outras embarcações com velas coloridas descansando na areia. O povo das vilas recebe bem os turistas. A ordem é jogar-se ao mar para o banho refrescante ou a prática de esportes náuticos.

  

 



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