O perigo da Falsa Unanimidade

 

 

 

 

Nasci, moro e trabalho em Messejana. Sempre. Toda a minha história de vida, assim como a de muitos irmãos e irmãs messejanenses que tem registrada em suas memórias, alegrias e tristezas, vividas nesse cenário desenhado especialmente por Deus.

 

Por toda essa importância que Messejana tem e por todo esse amor nos faz sentir é aqueles que se preocupam com seu futuro não podem ficar calados com uma situação insustentável que se tenta instalar, através das artimanhas de alguns grupos e que visa a construção de uma falsa unanimidade no campo da nossa política e cotidiano.

 

Política não é uma coisa ruim. Ela está do jeito que está porque nós nos esquecemos dela, simplesmente. Deixamos nas mãos de pessoas que não entendem as verdadeiras necessidades do nosso povo. Em Messejana esse quadro não está diferente. Contudo, entrou em um nível perigoso, devido a necessidade que algumas pessoas tem de se manter no poder.

 

A nossa Messejana não é “cesta particular de votos” de ninguém. Contudo, querem assim a fazer, principalmente, no âmbito municipal, onde figuras que buscam incessantemente pela reeleição se colocam como “Donos” de um bairro, de um povo, maior do que a história de qualquer um.

 

Messejana não tem só um rosto ou apenas um sobrenome. Messejana é a construção de mãos trabalhadoras que, de muitas partes do Ceará, ajudaram a ser essa terra inesquecível, patrimônio de todos, cantada em verso e prosa, festejada e acima de tudo, respeitada.

O mais triste é encontrar pessoas que apóiam a ideia de criar uma Falsa Unanimidade em Messejana. Este tipo de expediente foi usado por regimes ditatoriais movidos pelo argumento de “se repetir mil vezes uma mentira, ela se tornará verdade”.

 

Essas mentiras estão sendo espalhadas “mil vezes” em faixas enganosas tratando de serviços que são realizados, na verdade, por operários honrados e pelo custo dos impostos pagos na fonte na hora em que uma mãe, por exemplo, compra o leite para seu pequeno filho. Essas mentiras estão sendo espalhadas “mil vezes” quando, ao invés, de se lutar pela conquista real de equipamentos como Postos de Saúdes e novas áreas de lazer públicas, se oferece como “via de mão dupla” atendimentos massacrantes como se fossem favores, dados como esmola. Essas mentiras estão sendo espalhadas “mil vezes” quando se apóia tipos depreciativos de cultura na intenção de oferecer circo a população e fazê-la esquecer de indagar sobre os reais propósitos dessas figuras maléficas.

 

Messejana e os cidadãos e cidadãs precisam de opor a essa prática sob o risco de ficarmos conhecido como o bairro de “fulaninho” de tal ou o lugar em “sicraninho” de tal manda. Messejana não precisa mais desses diminutivos em sua história. Precisamos lutar contra isso, contra essa Falsa Unanimidade para não nos tornamos um “bairrozinho”. Você quer ser tratado sempre no diminutivo? Todo seu esforço é um esforçozinho? Pense Nisso.

 

 

Felipe Neto

Historiador e Escritor, Editor do Blog e Jornal Voz de Messejana e do Portal Edmar Freitas

 



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