O caso Cesar Battisti

 

 

 

 

O esforço em defesa do serial killer, Cesare Battisti, carece de limites e de racionalidade. Aqui não há tolos a ponto de aceitar argumentos que misturam questões de natureza distintas como se um fato desabonador justificasse outros ainda mais graves.

 

Embora repudiando o arrazoado inconsistente e sem desmerecer o Valdomiro em inteligência e dignidade, afirmo que os crimes financeiros praticados pelo trambiqueiro, Solvatore Cacciola, são completamente distintos dos assassinatos em série cometidos pelo terrorista Battisti, seja pela motivação, natureza, consequências e enquadramento universal.

 

Ademais, alguns crimes financeiros que Cacciola cometeu no Brasil (onde tem cidadania e família) não são considerados crimes na Itália, para onde ele se refugiou “legalmente” porque é cidadão italiano nato e por ancestralidade de sua família. O contrário fez Battisti; cometeu sequestros, assaltos e assassinatos premeditados na Itália (sua terra natal) e fugiu para o Brasil sem cidadania, sem pedir permissão às autoridades e mais, saltou nossas fronteiras clandestinamente e aqui passou a usar o nome e documentos falsos.

 

Tampouco se pode, em sã consciência, comparar crimes de natureza pecuniária com assassinatos em série. Há de se pesar a gravidade de cada crime, afinal, atentar contra as vidas, mesmo em legítima defesa, é crime grave em todas as nações e sociedade do planeta.

 

Então, solicito respeitosamente ao Valdomiro que poupe-nos dessas tolices ideológicas e também dessas esdrúxulas comparações, mostrando-nos um pouco da sua dignidade, sensatez e humanidade. O Brasil não precisa de defensores de bandidos, pois já temos o Lula, o PT, outras quadrilhas e basta.

 

 

 

Ruy Câmara - Escritor



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